terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gravidez na adolescência

Notícia publicada na edição de 18/08/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 3 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
A notícia, uma verdadeira tragédia, da gravidez de uma adolescente, vítima do próprio pai, e da consequente decisão de abortamento, fere a sensibilidade ética da sociedade. A vida humana começa na concepção e, no quarto mês de gestação, o bebê "já mede 9cm. Aparenta uma miniatura humana, com pálpebras, nariz, boca e ouvidos completamente formados. Os dedos das mãos e dos pés estão nitidamente separados e desenvolvidos. Pode-se ver os vasos sanguíneos através da pele, pois ainda está transparente devido à falta de melanina, e os três vasos do cordão umbilical." É meu dever de Arcebispo advertir que católicos que participarem do processo que concretiza o aborto cometem um pecado gravíssimo e ficam excluídos da comunhão eclesial conforme o Direito da Igreja: "Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae", "pelo próprio fato de cometer o delito" e nas condições previstas pelo Direito da Igreja". Com isso a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto, a seus pais e a toda sociedade. Peço à Comissão Arquidiocesana de Defesa da Vida e exorto as pessoas que tenham contato com a família que se esforcem por todos os meios para apoiar a gestante e sua família no sentido de evitar o crime do aborto que ceifa uma vida humana e deixa marcas negativas profundas na alma da gestante.
DOM EDUARDO BENES DE SALES RODRIGUES - ARCEBISPO DE SOROCABA

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